quinta-feira, 19 de agosto de 2010

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Deitamos. Aquilo tudo estava se sentindo muito estranho, muito pecaminoso, sujo, mas ao memso tempo intrigante, excitante, incrivelmente bom . Nossos labios se encaixavam de uma forma antes nunca imaginada. Nossas maos caçavam e exploravam cada centimetro do nosso corpo; procurávamos algo, mesmo sem saber ao certo o que era . O mundo lá fora parou de existir por instantes, o tempo parou, o universo conspirava a nosso favor. 'DEIXE ME PARAR' eu gostaria de ter dito, mas nao houve tempo, era tarde, ela já me devorara com a fome de um animal.'EU ME SINTO SUJA' queria pensar, mas o tempo foi curto, nenhum pensamento de desistencia era permitido; mergulhei no desconhecido, em um oceano de pecado e prazer; me afoguei , mas aquelas aguas me saceavam, eu nao quero sair . Continuo andando nessa estrada, a culpa e a paz me acompanham em calmos passos, levando o seu rosto, o gosto do seu corpo e o fogo do teu ser. Me transformei, em uma incógnita, em um monstro, no seu anjo. Me transformei, mas continuo vivendo na mesma sociedade hipocrita, que nunca entenderia aquela noite. É absurdo viver tanto prazer, tao intensamente. Mas é mais absurdo deixar esse furacao passar sem deixar nenhum estrago !