quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Sometimes...





Às vezes a vida dá reviravoltas. Mas o problema não é a reviravolta dos fatos, mas a reviravolta de sentimentos, de sensações, e de estabilidade.  E às vezes em  meio a essas reviravoltas, precisamos nos matar para então recomeçarmos mais uma vez. Matar-se? É assim tão simples? Não meu caro, não é. Dói, dilacera a alma toda, arranca a casca na qual te sentias protegido, tira teu chão e joga fora tudo que até então conhecias, tu sabes, que é necessário às vezes. É preciso refazer-se, e o processo de começar de novo é ainda mais dolorido que o de tirar-te a vida. Porque lhe foi tirada também a esperança, nas pessoas, nas coisas, nas circunstâncias favoráveis. Tens de recomeçar do zero, estás novamente no ponto de partida, e isso implica tanta coisa. Significa andar com as próprias pernas, estar sozinho nos dias duros, nos dias frios, nos dias que tiveres uma novidade pra contar, e ao chegar em casa feliz, não haverá ninguém. Significa claro, sobretudo, a liberdade. Mas conto-lhe aqui algo, ela serve aos que ainda não a experimentaram no seu verdadeiro sentido, a mim ela já é uma velha conhecida. Nutrimos uma relação próxima e indispensável, mas -às vezes- prefiro outras companhias mais aconchegantes.

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